Jardim d' Abril
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Jardim D’Abril – Ecos Extemporâneos e Etéreos do Meu Pensamento – para alguns é um livro profano, para outros, de lógica e, para poucos, um livro diferente de poesias. Entretanto, para todos será difícil voltar à realidade ao simples fechar das páginas.

O prof. Stanquini descreveu uma busca mítica como pretexto alegórico para o existir de Jardim D’Abril, fazendo contraponto com seu outro livro: Espectro – O Amargo Paladar da Existência. Serviu-se da musa para reforçar seu aprendizado lírico quando suas principais lições de poeta foram transcritas em setenta e oito poesias: fecho da obra.

O gosto pelo fantástico, misturado a uma austeridade no expor do seu EU soterrado no passado, constituiu marcha progressiva que suscitou do início ao fim o interesse pela leitura. O ápice do livro acontece quando o autor confronta-se com a artesã Jaqueline no corpo a corpo de um homem desesperado com o fruto de sua busca: a VERDADE que, por fim, encontrou. Nesse momento iniciático e trágico, o poeta ouve ecos do Buraco que teria esvaziado, fazendo-o receptáculo de ondas esclarecedoras que poetizaram o real a partir do ficcional.

Da bombástica revelação de Jaqueline, guardiã da verdade procurada, vislumbrada pelo buraco que se expressa pelo eco da fala dessa mulher, Stanquini obrigou-se a esquecer o amor impossível por Jardim D’Abril. Com esse desenlace o “cavaleiro da modernidade” que se iludiu com a possibilidade de encontrar o Santo Graal, surrado pelo sentimento de culpa despertado pela confissão de Jaqueline, transmudou-se em poeta, brindando seus leitores com um cálice cheio de poesias.